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Incessantemente o imaginário ou o sonho metamorfoseiam-se em neguentropia de ouro, de diamante, de mármore, de bronze e convertem-se em palácio, mausoléu, torre. Alguns delírios sobrevêm no deserto do Egipto, uma vez que um formidável poder energético os transformou em pirâmides de pedras. [morin, la nature de la nature]
Porventura o tempo, ou a imaginação, o desenho e a escrita, talvez o mistério da origem. Ou a origem do mistério.
Fernando Pessoa, sentado n’a brasileira, assombrando, entrelaçando fantasmagorias do Quinto Império, falando uma língua que emerge em ocultações e sobreposições.
Metamorfoses, metáforas, metafísicas. Estamos em transformação, em processo metamórfico, em mudança de na- tureza. Mudar a língua, ou morder a língua, hesitamos.
Porfiamos pólen, projectamos o nosso pensamento um pouco por todo o lado.
A geologia estrutural. A insaciável curiosidade dos homens e das mulheres para além ou apesar do limiar da existência. (a esperança de vida)
Citações como emblemas; líticos erguidos como figuras sobre fundo forrado a papel de parede profusamente decorado com motivos vegetais de proveniência diversa.