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O sentido do Lugar - Identidades Líquidas é uma metáfora de como adaptamos constantemente a nossa identidade social em consequência da homogeneização derivada do processo de globalização, tornando-nos novos cidadãos com identidades líquidas ou mutáveis.
O sentido do Lugar – Identidades Líquidas oferece uma visão alternativa dos lugares contemporâneos, relacionando-os com o comportamento humano e a transformação dos espaços. Uma exposição que combina video-instalação e fotografia em busca de uma reflexão sobre a influência da globalização na identidade humana, na diversidade cultural e social, bem como na modificação dos espaços. O objetivo deste projeto expositivo é fazer o espectador repensar o seu lugar no mundo, questionando o ritmo frenético que marca a cadência das nossas vidas. Um ritmo marcado pelos interesses estabelecidos pelas cartografias de poder dentro de parâmetros socio-económicos voltados exclusivamente para valores como produtividade e desempenho.
O lugar está intrinsecamente ligado ao conceito de tempo, memórias e fronteiras. É uma unidade de espaço finita e tangível que pode ser experimentada por meio de nossos sentidos. Nos espaços coexistem todos os dias diferentes tipos de pessoas, com identidades culturais, físicas e sociais heterogéneas. O sentido do Lugar – Identidades Líquidas é uma metáfora de como adaptamos constantemente a nossa identidade social em consequência da homogeneização derivada do processo de globalização, tornando-nos novos cidadãos com identidades líquidas ou mutáveis. Vivemos juntos em cidades confusas, onde todos somos influenciados por todos e, ao mesmo tempo, influenciamos todos os outros.
Por meio da edição fotográfica e de vídeo, os personagens que aparecem nas obras se desenvolvem em entidades distintas que fluem em ritmos diferentes e como um caleidoscópio que gera novas realidades e rompe com a narrativa linear hegemónica. Personagens que parecem cruzar-se continuamente em mundos paralelos.
O sentido do Lugar – Identidades Líquidas pretende gerar uma atmosfera onírica e sugestiva, em que os espaços se diluem e os personagens se tornem rastros de luz e cor. Uma interpretação da realidade construída pelo homem, que nos move sensorialmente através de novas dimensões espaço-temporais para uma nova realidade social.
Luz Bañón