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Nesta edição dedicada à litografia in situ e às pesquisas publicadas sobre o assunto pelo grupo de interesse Pure Print Archeology temos uma parte dedicada às demonstrações práticas de todos os processos investigados até ao momento na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), sobre essa potente ideia de também a litografia poder ocorrer in situ.
Nesta edição dedicada à litografia in situ e às pesquisas publicadas sobre o assunto pelo grupo de interesse Pure Print Archeology temos uma parte dedicada às demonstrações práticas de todos os processos investigados até ao momento na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), sobre essa potente ideia de também a litografia poder ocorrer in situ.
Tal potência revela-se pelo modo como são ativadas as relações com a materialidade e o lugar que se revelam histórica e culturalmente fundamentais nas atividades artísticas da contemporaneidade e mais ainda na possibilidade metodológica que uma arqueologia tecnológica pode apresentar para relacionar entre si saberes industrializados. Em suma, evitar a rotina, redundância e a homogeneização de situações técnicas tradicionais e novas tecnologias. A proposta implícita sugere que os artistas possam estar conscientes do extenso poder de recriação e de usos heterodoxos de processos e tecnologias, sem que fiquem condicionados apenas ao que o mercado, a indústria e/ou o comércio possa lhes oferecer em termos de produtos industrializados e muitas vezes conformados a poucas variações que podem conduzir a uma homogeneização de situações técnicas.
É o saber navegar por entre materiais, erros e situações aparentemente inusitadas, que o artista avança para a conquista de um repertório pessoal relacionado com o coletivo que põe em marcha uma construção ou uma reconstrução de memórias que servem a todos.
O processo colaborativo e dialógico que marca as atividades dos artistas, gravadores e desenhadores é um movimento que se estabelece naturalmente nas investigações desse campo por congregar diversas necessidades que se movem para e por entre muitas outras áreas. Estamos assim, comprometidos em estabelecer a partir de série de edições, uma forma de comunicação mais efetiva com a comunidade académica de modo a apresentar um enorme e extenso material de investigação de mais de uma década desde os eventos do projeto semente Pure Print.
Seguimos a premissa estabelecida na edição do primeiro livro desta série e para este, dedicado à Litografia in situ realizámos uma breve reflexão a partir de uma compilação das publicações e das comunicações apresentadas pelos investigadores do grupo de interesse, condensando na segunda parte, como um elemento importante de investigação, toda a documentação dos processos que abarcam as pedras autóctones, o papel-pedra, o offset em placa positiva, bem como a construção de ferramentas e dispositivos. Também elencamos no final uma bibliografia que revela as fontes primárias e as referências aos livros e trabalhos utilizados de modo geral no processo de construção dessas investigações.