Danielle Fernandes

Faculty of Fine Arts of the University of Porto

Em setembro de 2019, inicia estudos doutorais em Educação Artística, na Faculdades de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal, onde reside atualmente, o que levou ao encerramento das atividades de gestão do Espaço Cultural Dani Fernandes e Regis Capibaribe no Brasil, destinado a realização de exposições de fotografia e artes em geral, oficinas e apresentações musicais. Licenciada em Direito pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR (2002), com atuação na área jurídica até o ano de 2012. Em 2007 inicia licenciatura em Design de Moda pela Universidade Federal do Ceará – UFC (2014), onde desenvolve plano de negócios de empresa voltada a criação de produtos do bordados artesanais, efetivada no ano de 2011 (sócia proprietária). Conclui pós-graduação em nível de Mestrado Acadêmico em 2018 na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira – UNILAB, com investigação em processos criativos em artesanato na tipologia bordado, com atuação na região do Maciço de Baturité, em especial, no município de Guaramiranga, Ceará, Brasil. A investigação em nível de mestrado impulsinou investigação atual, em nível de doutoramento, cujo objetivo é compreender como historicamente o fazer em bordados foi utilizado no contexto educacional feminino do Estado Novo, com reflexos nas práticas artísticas que se utilizam deste fazer no contexto político feminista desde a década de 1970 . Em Portugal, é Membro das comissões científica e organizadora do grupo de Leituras Feministas (i2ADS-FBAUP) e, no Brasil, integrante do Grupo de Pesquisa Filosofia e Linguagens Artísticas Modernas e Contemporâneas (FLANCO-UNILAB), além de colaboradora no Grupo de Pesquisa e Extensão CLiPES – Corpo, Linguagem, Política, Educação e Subjetividade (UFBA).

 

Thesis title
Direito ao Avesso: o ato de bordar enquanto instrumento de construção histórica de um ideal de subjetividade dócil feminina e suas práticas de resistência

FCT reference
2022.13359.BD

Abstract
A Tese centra-se na compreensão do ato de bordar enquanto instrumento histórico disciplinar e como meio de subversão. Tem como eixos a história da educação feminina no Estado Novo, que elegeu a educação como veículo para sua política moral normatizada, bem como as práticas artísticas coletivas da década de 1970 à atualidade, que se utilizam da prática dos bordados como meio de resistência. Tem como método a investigação-ação (Freire, 1987) e etnografia sensorial (Pink, 2009), fazendo com que seja criado espaço experimental onde serão mobilizadas rodas de conversa de conteúdo político-feminista cujo meio será a prática dos bordados. O trabalho de campo deve ser registado em diário de bordo, que se constitui em instrumento de reflexão, criação artística e mapa da prática investigativa, devendo ser tema nos debates do Grupo de Leituras Feministas (i2ADS/FBAUP) e fonte complementar à pesquisa histórica na escrita da tese e na publicação de ensaios/artigos científicos.

Supervision
Márcia Oliveira, UMinho (supervisor) and Rita Rainho (co-supervisor)

 

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