Se é cada vez mais inquestionável o papel do uso da imagem nas diversas ciências, e se este assunto tem merecido ultimamente uma atenção crescente por parte da ciência, da filosofia da ciência, dos estudos da imagem e da pedagogia, como poderemos pensar as diversas e diversificadas modalidades dos usos, formas, funções e campos que o desenho (essa categoria ao mesmo tempo particular e transversal da imagem) adquire no seio da Universidade, seja como base para as comunicações entre os pares, seja como “linguagem” direta e eficaz de comunicação pedagógica, seja como instrumento de clarificação do que é complexo e de visualização do que não é visível?

Este plano de investigação levanta e propõe uma série sucessiva e infinita de perguntas iniciais: o desenho existe na Universidade? Usa-se o desenho nas diversas faculdades, departamentos e centros de investigação da Universidade? Que tipologias de desenho são usadas (esquemas, anotações, ilustrações, etc.)? Quem desenha? O que desenham? Como desenham? Porque desenham? Que funções preenche? Aprende-se melhor desenhando? Quem desenha, que consciência, que conhecimento, que saberes tem do uso do desenho? É o desenho substituível? Como podem artistas-desenhadores hoje participar neste cruzamento de problemas?