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Artistic Research Does #3 — Anita Seppä (w/ Terike Haapoja)

Artistic Research Does #3 is developed from these concerns, from the prospect of artistic possibilities – but also, of existential affirmations – to experiment with the limits of existing and relating, experiences transformative of the considerations and figurations in which we conceive and render the other visible.

Artistic Research Does #3

Arte como um ato de amor para com o radical outro – A Arte Pós-Humanista de Terike Haapoja” de Anita Seppä parte da afirmação transformadora do poder em se abrir. O outro aparece no centro deste pensamento em termos dos sentidos da partilha, da oferta, da inclusão.

Artistic Research Does #3 presenteia-nos com essas preocupações, partindo do prospeto da possibilidade artística (indissociáveis aqui de afirmações existenciais) de experimentar os limites do existir e relacionar, experiências transformadoras das considerações e figurações em que concebemos e tornamos o outro visível. O texto de Anita Seppä torna o entendimento da experiência mais complexo, como um espaço onde ontologias teóricas e práticas se encontram (tão bem articuladas por Janneke Wesseling em Artistic Research Does #2).

Os argumentos de Seppä e o trabalho de Terike Haappoja, avançam um entendimento da experiência como um encontro de efeitos e feitos entre e realizados por agentes que não são exclusivamente humanos, a consciência de uma perspetiva sobre experiencia pensada além do humano. É este reconhecimento de quem ou o que aciona um encontro, aquilo com o qual o artista se depara. De acordo com Seppä, isto é um caso de mediação feito a partir da impressão afetiva (affect) em que a ordem das coisas pode ser reordenada. Esta mediação artística é uma experiência que não procura documentar exaustivamente o outro, mas reconhecê-lo, mesmo que esse se traduza numa impressão de incompreensibilidade, que trivializa o estranhamento, a separação, para com o outro. A visão estética (da existência) de Seppä implica um repensar das diferentes versões das subjetividades, substituindo separação por variedade.

A existência do corpo é a condição para essa mediação da distância entre as partes, mas também o espaço em que o afetivo é a condição mediadora para que um se torne presente e tornar o outro presente. A responsabilidade existencial e estética, a propriedade ético-agente do afeto (affect), de ser afetado e afetar de que Seppä nos fala, não deve ser refreada, mas cuidada como uma cerimónia de oferenda.

Como citar:

Almeida, C. & Alves, A. (Eds.) (2017). Anita Seppä. Art as an Act Of Love with the Radically Other | Arte como um Acto de Amor para com o Radical Outro. Artistic research does, (3). https://doi.org/10.24840/978-989-99839-0-8

Sobre Artistic Research Does

Artistic Research Does is a series of individual takes published on the topic of artistic research, yet anti-ologically designed. It consists of a number of short authored submissions, conceived under investigation and for the occasion, published in the individual booklets, once a month and bilingual-ly (PT/ENG). Since the editors are not native English speakers and thus are unable to provide professional translations, every and each of their efforts to adapt text will be signed at the end so that the interpretative contingency is kept in mind.