El devenir artístico contemporáneo es tan desbordante que todas las categorías heredadas se han quedado pequeñas para asimilarlo. Por un lado, esa idea de arte se muestra como una noción demasiado laxa que se vincula tanto con el diseño, como con la técnica y los infinitos quehaceres humanos que esta abarca, es decir, no solo con lo que se trabaja desde la Historia del Arte, sino con lo que se estudia en la Historia de la Técnica y en la Antropología Cultural. Pero, por otro lado, se trata ahora de un concepto demasiado localizado y restrictivo, algo que, en teoría, solo hacen algunos humanos en relación a los museos y galerías, y siempre desde el de las escuelas y academias de arte. Sacar la idea de creación de los museos y del frágil ecosistema de las Bellas Artes, no solo ayuda a cuestionar ese punto de partida, sino que permite perfilar una ciencia de las operaciones genéticas más amplia pero mejor acotada.

O devir artístico contemporâneo é tão transbordante que todas as categorias herdadas se tornaram demasiado pequenas para o assimilar. Por um lado, essa ideia de arte revela-se uma noção demasiado larga que se liga tanto ao design como à técnica e à infinidade de actividades humanas que engloba, ou seja, não só com o que se trabalha desde a História da Arte, mas também com o que é estudado na História da Técnica e na Antropologia Cultural. Mas, por outro lado, é hoje um conceito demasiado localizado e restritivo, algo que, em teoria, só é feito por alguns humanos em relação com os museus e galerias, e sempre a partir das escolas e academias de arte. Retirar a ideia de criação dos museus e do frágil ecossistema das Belas-Artes não só ajuda a questionar este ponto de partida, como também nos permite delinear uma ciência das operações genéticas mais alargada mas melhor delimitada.

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Federico L. Silvestre é Professor Associado de Estética e História da Arte na Universidade de Santiago de Compostela (USC). Tem sido investigador visitante no CNRS e na École des hautes études en sciences sociales, em Paris, na Université Lumière Lyon-2 e na Universidad de Santiago de Chile. Participou em numerosos projectos de investigação sobre os temas da arte contemporânea e da paisagem, coordenando neste momento os projectos YUCUNET e Landscapes and Architectures of Chance. É autor e editor de vários livros, incluindo a edição de Psicogeografía, urbanismo y arquitectura, de Guy Debord.