seminário

Contra as Belas e Brancas Artes

Promovido pelo Laboratório de Educação Artística (i2ADS/FBAUP), com o objetivo de desconstruir as Belas Artes desde a perspetiva da não-branquitude.

  • 21 Fevereiro 2025
  • 5:00 PM
  • Aula Magna, FBAUP

Conferência
21 de Fevereiro, às 17h, Aula Magna FBAUP
Contra as Belas e Brancas Artes
com Francisco Godoy Vega

Este encontro propõe uma análise do sistema artístico como elemento estrutural da modernidade-colonialidade e da sua divisão racial do mundo. A suposta “autonomia” da obra de arte, exacerbada com o nascimento das Belas Artes e da sua Academia, será questionada através da análise da branquitude como um sistema de poder que produziu subtilmente um sistema de arte de/e para os brancos, ignorando todas as exclusões racistas que isso implicou. Finalmente, veremos como estas formas coloniais são reproduzidas, mutadas, inventadas ou invertidas na contemporaneidade.

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Francisco Godoy Veja é escritor, artista e curador QBIPOC (sigla para Queer, Black, Indigenous, and People of Color). Doutor em História da Arte e Cultura Visual pela Universidade Autónoma de Madri (2015), membro do coletivo Ayllu e codiretor do Programa Palenque Chiquichinchay de Migrantes Transgresorxs. Foi pesquisador do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía (2009-2011, 2014-2016) e professor do Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade Autónoma de Madri (2013-2017). Atualmente lecciona no Mestrado em Gestão Cultural da Universidade Carlos III de Madrid, no Mestrado em Exposições da EINA Barcelona e na Especialização em Pensamento Andino e Feminismo Decolonial no Instituto de Estudios de las Culturas Andinas (IDECA). Entre as suas publicações estão “Usos y costumbres de los blancos” (2023), “La exposición como recolonización” (2018) e “No existe sexo sin racialización” (ed.2017). Além disso, publicou os livros de poesia “La revolución de las ratas” (2013) e “La enfermedad del sudaca” (2018). Foi orador em cerca de vinte seminários e conferências, incluindo “Ámà: 4 Days on Caring, Repairing and Healing” no Gropius Bau em Berlim (2021), “Aabaakwad” no Museu de Arte Contemporánea da Austrália em Sydney (2020), “Decolonising Europe” em El Born (2018), “Decolonising the Museum” no Museu de Arte Contemporánea de Barcelona – MACBA (2014) e mais recentemente “Usos e Costumes dos Brancos: Uma Brancografia” no Teatro do Bairro Alto em Lisboa (2023). Foi comissário de exposições como “El robo del dolor” no Museu Nacional de Belas Artes do Chile (2023), “Todos los tonos de la rabia” no Museu de Arte Contemporânea de Castela e Leão (2018) e “Crítica de la razón migrante” no Centro Cultural La Casa Encendida em Madri (2014). Como membro do coletivo Ayllu, expôs no Matadero Madrid, na 22ª Bienal de Sydney, no Centro de Artes Santa Mònica em Barcelona, na Bienal de Kochi na índia, no Centro de Arte Contemporánea de Quito (CAC), na 35ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo e em 2023 estiveram em Portugal na Exposição Emancipação Vivente nas Galerias Municipais de Lisboa.

Organização
DEA/FBAUP, i2ADS, LabEA