Grécia Paola Matos é uma artista plástica e investigadora Luso-Venezuelana. Concluiu o Mestrado em Artes Plásticas-Escultura em 2019 pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto com o Projeto de Mestrado intitulado – Uma Vontade Inesgotável de Infinito: Um exercício de esculpir o tempo na prática autoral; e concluiu a Licenciatura em Artes Plásticas-Escultura pela mesma instituição. Questões em torno do gesto e da ação, do movimento, do desejo, do corpo, do tempo e, em particular, da efemeridade materializam-se através da prática espacializada da escultura, do desenho e do vídeo. Desenvolve uma proposta plástica e de investigação baseada na tríade Corpo, Vontade e Matéria referenciada em jornais, periódicos, catálogos e revistas online. As exposições individuais e coletivas em que tem vindo a participar desde 2011, promovem o pensar do objeto artístico dentro e fora do espaço institucional. Estes momentos estimulam uma reflexão fruto de uma conceção do corpo que toca, através da plasticidade, a Psicofisiologia de Nietzsche. Na sua produção plástica, e numa época de extrema visibilidade, o olho é convidado e seduzido a querer entrar no não imediato. As relações interdisciplinares são estimuladas pela participação em projetos, montagens de exposição e em performances da autoria de outros artistas. Tais experiências problematizam diferentes estratégias plásticas e de investigação que nutrem a colaboração que Grécia Paola Matos desenvolve no ciclo de encontros CEM ¿ Corpo, Espaço e Matéria do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) enquanto Investigadora Júnior, e na parceria artística entre as instituições de ensino superior: Paris College of Art (Paris) e Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Atualmente está a fazer um Doutoramento financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Título da tese
Uma vontade inesgotável de infinito: da transmutação de corpos na materialidade do tempo

Referência FCT
2021.05463.BD

Resumo
A Investigação examina o modo como a vontade, inventividade e tempo afetam a produção artística. Estudam-se as suas implicações e condições de atuação na criação, transmutação e destruição do corpo concebido como matéria em movimento. O corpo é analisado numa perspetiva onde o sujeito e seus gestos, por meio da vontade criadora, agem sobre outro corpo (objeto escultórico). A partir deste gesto, problematiza-se a matriz plástico- conceptual do corpo-objeto na experimentação da mutabilidade, efemeridade e desaparição. Se gesto e movimento permeiam a matéria, investiga-se como vontade de potência, inventividade e temporalidade atuam enquanto agentes poéticos. Esta Investigação baseada na práxis artística, articula-se num fazer-pensar e num pensar-fazer. Cruza a criação reflexiva com o exercício teórico-conceptual alicerçado em referências artísticas e da Estética. Pretendendo-se contribuir para uma maior consistência da Investigação prático-teórica, enfatiza-se o objeto artístico enquanto potencializador polissémico e (auto)gerador de pensamento e de outros objetos.

Orientação
Rute Rosas (orientação), Mónica Cerrada Macías (co-orientação) e Filipa Cruz (co-orientação)

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• 071C-E049-E062