Titos Pelembe (n.1988, Maputo). Artista multidisciplinar e curador investigador independente. Doutorando em Educação Artística, Mestre em Arte e Design para o Espaço Público e graduado no curso de Especialização em Design de Tecnologias para a Saúde pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Licenciado em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes e Cultura, graduado nos cursos médios de Cerâmica e Formação Psicopedagógica pela Escola Nacional de Artes Visuais (Maputo). Membro activo do Colectivo de Investigação ID – Identidades (Porto). Realizou estágio de curadoria na Fundação Calouste Gulbenkian e na Escola de Artes da Universidade Católica do Porto (2022). Tem contribuído desde 2011, com vários artigos e textos curatoriais publicados em revistas, livros e catálogos de exposições a destacar, os trabalhos mais recentes tais como: “Black Skin, White Masks: The Black Body in Presence” (2023). Co-autor do livro “Maputo Street Art” (2023), autor da publicação: “Do Passado ao Presente, Rumo ao Futuro – De Maputo a Veneza”, Colecção de Arte Moçambicana Piero Reis (2023). “Moçambi-Cá” (2023), e “(Des)Colonizar a Arte da Performance” (2022). “Octopus e Miopia” (2021), integrou o painel de debates “ArcoForum Millennium Art Talks – Arco Lisboa” (2023), e participou do painel das apresentações no 8ª Encontro Internacional sobre Educação Artística em Maputo. Mentor do projecto Repensar as Artes, Polana Urban Creative Space e curador do Maputo Street Art. Colabora com a Galeria Kulungwana, Museus do Mar, Núcleo de Arte (Maputo), Revista Artecapital e Galerias Municipais de Lisboa. Participa em exposições, residências e coordena projectos de intercâmbio artístico em Moçambique, Angola, Portugal, Itália e Holanda. Actualmente vive e trabalha entre Maputo e Lisboa. Em Maputo recebeu mais de uma dezena de prémios no campo das artes visuais, especificamente nas modalidades de Pintura, Desenho, Escultura e Artes Gráficas desde o início da sua carreira em 2002.

Título da tese
Afrocentricidade Enquanto Processo de Descolonização Cultural e Artístico no Ensino das Artes Visuais em Moçambique

Referência FCT
2024.05822.BD

Resumo
A investigação floresceu motivada pelo interesse de desconstruir e compreender a matriz das narrativas hegemônicas no ensino das artes visuais e presentes na arte contemporânea em Moçambique. O estudo questiona a invisibilidade dos artistas, da arte e das narrativas históricas dos países do Sul global no contexto da história da arte. Objetiva-se contribuir na descolonização do ensino artístico, tendo como princípios norteadores os conceitos de afrocentricidade, descolonialidade e contemporaneidade. Nesta perspectiva procurar-se-á compreender o impacto da colonialidade na percepção das artes plásticas, na sua marginalização na história e a tímida presença destes questionamentos no meio artístico. Como estratégia de subversão deste cenário, será feito um trabalho de análise documental dos currículos académicos, processos educativos, acompanhado do estudo das práticas artísticas. Pretende-se instigar a criação de novas utopias artísticas e narrativas tendo em conta o resgate dos valores interculturais e a sua inscrição na complexidade do desenvolvimento sustentável de Moçambique.

Orientação
Rita Rainho (orientação) e Ângela Ferreira (co-orientação)

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