Rui Mota

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Rui Mota (1997), natural de Matosinhos, vive e trabalha atualmente no Porto. Foca, desde 2018, as suas investigações, práticas e teóricas, no caráter ineliminável da arte. Usando a escultura como disciplina predileta, apura a expansão da arte além dos limites físicos do objeto por meio de reflecções inerentes ao espaço, tempo e público. Licenciado e Mestre em Artes plásticas, com especialização em escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde trabalha como Docente Assistente Convidado e onde brevemente trabalhará pelo grau de doutor. Expõe com frequência desde 2018, tanto individualmente, como membro integrante do coletivo Lab.25 que, em 2019, ajudou a fundar e através do qual procura potenciar reflexão e discussão sobre a condição contemporânea da cidade.

 

Título da tese
Ineliminável: O papel das circunstâncias expositivas na (in)completude da Escultura contemporânea

Referência FCT
2022.11779.BD

Resumo
“Ineliminável” assume na relação entre objeto e o seu entorno físico um nexo indispensável e determinante para a Escultura. Algo que talha a obra e a sua experiência na interseção indivisível entre figura e fundo – objeto e contexto. A sua interinfluência, reenquadrada como interdependência, é questionada com o intuito de antecipar, cautelar e, sobretudo, integrar na escultura o potencial transformador das circunstâncias onde determinado objeto artístico se apresenta. O tema é problematizado através do trabalho autoral e da produção artístico-científica referencial. Segue-se uma estrutura tripartida, organizada segundo a experiência subjetiva do autor entre as funções de artista, curador e testemunha (espectador), averiguando o impacto do contexto – espaço, tempo e público – na prática e experiência artística. Avaliam-se métodos de comunicação clara do objeto com a envolvência, na procura e produção dos intitulados objetos extrovertidos, que nesta extroversão se adequam à mudança entre contextos, por abordagens espaciais, temporais e participativas. Deste modo, pensa-se o objeto artístico como um termo em relação (e não um protagonista isolado) expandindo a arte além dos seus limites físicos – uma Iniciativa centrada na tarefa de assumir o que não se pode excluir.

Orientação
Filipa Cruz

 

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