Renata Voss

Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Renata Voss é artista visual, professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), concluiu o doutoramento em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. É líder do Grupo Arte Híbrida (CNPq). Investiga desde 2004 os processos históricos e experimentais articulando o estudo de materialidades do “velho” e do “novo” na criação artística com fotografia. Desenvolve um trabalho que estabelece relações entre fotografia, tempo e memória. Publicou os livros de fotografia “O Cortejo” (2019), “Ruir” (2017) e “Até a falha” (2020). Recebeu Menção Honrosa no Julia Margaret Cameron Award (Londres, 2020, 2021 e 2023), categoria “Processos Alternativos”. É membro do Comitê de Poéticas Artísticas da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas – ANPAP. Vem produzindo exposições individuais e participando de exposições coletivas nacionais e internacionais. Atualmente realiza pós-doutorado junto ao i2ADS na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (Portugal) com bolsa do CNPQ-Brasil. Portifolio: renatavoss.com
https://renatavoss.com/

 

Título da investigação
Materialidades dos processos fotográficos químicos e digitais na criação artística contemporânea

Resumo
As materialidades da fotografia e as intersecções com outras linguagens artísticas formam um vasto campo de investigação explorado por artistas-pesquisadores. Neste projeto, vinculado ao Grupo Arte Híbrida (CNPq), realizaremos o estudo das materialidades fotográficas, suas potencialidades e suas implicações na criação artística atual, promovendo o avanço do estado da arte da pesquisa no campo da fotografia relacionada aos processos criativos em artes visuais. Esta pesquisa pretende realizar um mapeamento e análise da produção de instituições e artistas-pesquisadores que utilizam métodos experimentais fotográficos de revelação no Brasil e em Portugal. Parte-se do problema de que, embora se aborde uma desmaterialização com a imagem numérica, a fotografia digital implica a materialidade de telas de dispositivos e, visando a sua longevidade e conservação e intencionalidades do artista, busca-se escolher técnicas de impressão ou revelação para ir além da fragilidade (CONWAY, 2001) dos arquivos em sistema de nuvens e/ou backups. Partimos da hipótese de que, tendo a nossa relação com o mundo fundada na presença, o estudo de materialidades do “velho” e do “novo” na fotografia expandem as possibilidades na criação artística (PARIKKA, 2021). A fotografia digital nos faz lançar o olhar não apenas para o agora e para o futuro, mas para olhar o passado de outras maneiras. Observamos iniciativas que se dedicam à realização de técnicas históricas hoje, – tais como a antotipia, cianotipia, marrom van dyke, papel salgado, ambrótipo, daguerreótipo – assim como eventos e exposições voltados para este tipo de produção imagética. Será realizada pesquisa bibliográfica acerca dos processos fotográficos e da arqueologia das mídias, além do estudo de materiais empregados nas técnicas utilizadas pelos artistas e suas implicações no pensamento artístico hoje. Realizaremos etapas de formação e difusão em espaços não formais de educação e participaremos de festivais de fotografia e eventos em museus e galerias nacionais e internacionais.

Está a realizar residência artística promovida pelo projeto de investigação Media Filosóficos.

Orientação
Camila Mangueira

 

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