Ludgero Almeida

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

estudante de doutoramento // bolseiro FCT/i2ADS

Ludgero Almeida (Santo Tirso, Portugal, 1989). É artista plástico. Bolseiro de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia e investigador integrado não doutorado no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, mestre em Ensino de Artes Visuais no 3º ciclo de Ensino Básico e Secundário na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e licenciado em Artes Plásticas no Ramo de Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (PT). Expõe regularmente desde 2009, destacando-se o trabalho desenvolvido no Brasil desde 2015 e que deu origem à exposição itinerante ‘Ciência de uma terra desolada’ apresentada em 2016 no Silo Espaço Cultural no Porto (PT) e em 2017 na Galeria do Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia (BR) e na Galeria Alcindo Moreira Filho no Instituto de Artes da UNESP em São Paulo (BR). Também importantes foram as exposições individuais ‘Antípodas, o absurdo na memória’ em 2013 na Galeria Gomes Alves, Guimarães (PT), em 2014 ‘O dióxido de carbono e a lâmpada estroboscópica’ e em 2015 ‘O esquecimento de Deus’ ambas no Silo Espaço Cultural no Porto (PT) e a exposição ‘Do sintoma indelével’ em 2018 no Centro Para os Assuntos de Arte e Arquitectura em Guimarães (PT). Ludgero Almeida elabora pinturas que actuam a partir do estudo das realidades históricas e da memória. Apoiando-se em arquivos, registros e fotografias, em memórias históricas ou afectivas, pretende pensar, criticar, actualizar e ver em perspectiva a contemporaneidade, gerando camadas do sensível e complexificando a relação entre o real e o fictício.

 

Título da tese
Da imagem ausente: O imaginário algodoeiro nos arquivos, narrações e vestígios do Vale do Ave

Referência FCT
UI/BD/150732/2020

Resumo
O projeto apresenta-se como uma investigação em arte, na qual a prática artística atua criticamente na análise de arquivos institucionais e privados, de narrações e de documentos-vestígios relacionados à indústria têxtil algodoeira e ao percurso do algodão nas margens (des)industrializadas do Vale do Ave, num período compreendido entre os anos 1960 e a atualidade. Adentrar-se-á arquivos que concentram, organizam, preservam e iluminam objetos e imagens particulares de uma realidade hegemónica, que exercem um poder na fabricação da verdade. Ao problematizar as noções de tempo, esquecimento, obsolescência e ao convocar limites e intimidades que presidem a construção da ficção e da realidade, enfrentar-se-á a história e a construção identitária dos lugares e das pessoas. Intimamente vinculada com um questionamento do princípio veritativo dos arquivos, dos poderes, roubos e ausências, resulta daqui um trabalho de natureza teórico-prática que se confronta com uma imagem ausente, que é uma história potencial.

Orientação
Carolina Rito (orientação) e Fernando José Pereira (co-orientação)

 

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