Inês Barreira

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

bolseira FCT/i2ADS // estudante de doutoramento

Maria Inês De Pereira Barreira. Frequenta o Doutoramento em Educação Artística pela Universidade do Porto Faculdade de Belas Artes desde 2018/10/04. Concluiu o Mestrado em Ensino de Artes Visuais no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário em 2018/10/19 pelo(a) Universidade do Porto Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e concluiu o Mestrado integrado em Arquitectura em 2014/05/08 pelo(a) Universidade Lusíada Porto Faculdade de Arquitectura e Artes. É Investigador no(a) Universidade do Porto Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade. Atua na(s) área(s) de Humanidades com ênfase em Artes. É atualmente bolseira de Doutoramento pela FCT.

 

Título da tese
Práticas artísticas de ensino/aprendizagem na primeira infância – Possibilidades de uma outra escuta

Referência FCT
UI/BD/150733/2021

Resumo
Este projecto de investigação inscreve-se no Projecto LabEA (Laboratório de Educação Artística) e parte de um trabalho de campo que envolve cinco agrupamentos escolares do Município de Felgueiras, ao nível da Educação pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico. Assumindo Felgueiras como um território de exercício de poder que desenha a forma como a ideia de criança é mobilizada na Educação Artística, o projecto procura perceber, a partir de grelhas de racionalidade inscritas nas práticas de ensino/aprendizagem, como se enforma o conceito de uma hegemonia da infância. É no interior de um discurso que modela as práticas lectivas, em que o currículo é visto como verdade, que se procura compreender como se constitui uma normalização da infância. Neste “modelo de racionalidade secular”, a criança é vista a partir de uma escala de desenvolvimento progressivo dos estados da sua ‘evolução’, mas também a partir de representações heteronormativas, marcada por aspectos biológicos que a perpetuam como sujeito universal, “assexual e a-histórico”. O sistema escolar tem por base um poder disciplinar que promove processos de subjectivação a partir dos binómios normal/anormal, bom/mau, levando o sujeito a moldar-se a determinadas formas de ser, sob um ideal regulativo de liberdade. A acção-investigação parte da ideia de “queerização da infância” como resistência aos mecanismos de poder que despolitizam a infância, e de uma descolonização das práticas de educação artística nestes níveis educativos, relegando as tradicionais manualidades tão presentes nesses níveis educativos, por uma activação de dispositivos de sujectivação política de cada criança na relação consigo e com a comunidade em que se insere.

Orientação
Catarina Martins

 

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