Flor de Ceres Rabaçal

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Flor de Ceres Rodrigues Fernandes Rabaçal nasceu em Lisboa em 1995. Concluiu a Licenciatura em Artes Plásticas em 2017 pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e o Mestrado em Artes Plásticas em 2020 pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Completou uma Mobilidade de Erasmus na Accademia di Belle Arti de Veneza, com especialização em pintura. Foi co-autora do artigo, “A White Etching Ground for Drawing: An Argument for Rembrandt’s Lost Ground”, que apresentou na 8º edição da Conferência Internacional em Ilustração e Animação, (CONFIA) pela Escola Superior do Cávado e do Ave, na sua edição online em 2020. Trabalhou na Galeria Sala d’Estar, em Lisboa e trabalhou também enquanto assistente de ourives. Tem extensa participação em exposições coletivas tanto nacional como internacionalmente, destacando-se as exposições coletivas “Arte Emergente I” (Leiloeira Santo Eloy, 2022, Lisboa) e “Hammer Time” (Zaratan Arte Contemporânea, Lisboa) nas edições de 2021 e 2022. O seu trabalho artístico tem como principais motivos a violência, a atmosfera e a Natureza, bem como a concretização e aplicação destes temas no seu trabalho na gravura, que, por sua vez, caracteriza-se pela experimentação com materiais, superfícies e a química.

 

Título da tese
A Gravura e a Guerra: O Método como Evidência da Violência na Água-forte

Referência FCT
2023.02603.BD

Resumo
Esta investigação propõe a plausibilidade de existir na água-forte um sistema de trabalho passível de ser interpretado como violento. Como ponto de partida para a elaboração de uma investigação artística, confrontar-se-á esse sistema através da utilização da água-forte como meio de representação da violência. Propõe-se como caso de estudo Adriano de Sousa Lopes (1879-1944) e a série de águas-fortes que elaborou sobre a Primeira Guerra Mundial. No âmbito do grupo Pure Print Archeology, sediado no i2ADS, e em colaboração com o Museu Militar de Lisboa, iremos identificar, através de práticas reprodutivas e de arqueologia tecnológica, os métodos e materiais usados em contexto de guerra, enquadrando-os no contexto dos portefólios de guerra e do desenho de reportagem. Pretende-se fazer uma reconstituição tecnológica desta obra e demonstrar que na criação artística há espaço para a contextualização histórica e o saber-fazer, deste modo expandindo os territórios de práticas da gravura contemporânea.

Orientação
Maria Graciela Cabral Machado (orientação) e Francisco António Amado Rodrigues (co-orientação)

 

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