Felipe Argiles

Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

Felipe Argiles Silveira, em sua trajetória acadêmica cursou Engenharia Agrícola Faculdade Federal de Pelotas (UFPEL) e a licenciatura em Artes Visuais – Fotografia pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP). Realizou o mestrado em Artes Plásticas – Intermédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) com o relatório de projeto “Estruturas Invisíveis – A ocultação e o silenciamento como estratégia de controle no Brasil”. Atualmente, Felipe Argiles é doutorando no curso de Artes Plásticas na FBAUP. Concluiu a pós-graduado em Engenharia de Planejamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e o Master Business Administration em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atou como formador no Instituto Português de Fotografia (ipF) entre os anos de 2021-2024, onde ministrou uma série de disciplinas e orientou trabalhos individuais em diversas áreas da fotografia. Tem produzido trabalhos e pensamento crítico em temáticas relacionadas aos estudos pós-coloniais desde a licenciatura em artes visuais, participando de diversas exposições coletivas e individuais em Portugal e no Brasil. Felipe Argiles cruza diversos media com uma atenção especial aos modos de produção e receção da imagem, do som e do vídeo, sempre com um trabalho experimental ligado às mecânicas plásticas dos materiais e dos media. Suas últimas pesquisas estão relacionadas às questões de imigração na Europa, aos dispositivos de controle nos sistemas de imigração, à precarização da vida e à integração do imigrante na sociedade portuguesa.

 

Título da tese
Como supervigiar seres invisíveis? As Artes Plásticas como ferramenta de análise crítica das estratégias de domínio e subjugação de grupos imigrantes invisibilizados no contexto europeu

Referência FCT
2024.03879.BD

Resumo
A pesquisa propõe, através das práticas artísticas de instalações multimédia, a criação de ambientes de reflexão para as políticas de imigração, seus mecanismos de supervigilância, seus aparatos tecnológicos-digitais, burocráticos e processuais utilizados para barrar, classificar e segregar grupos de populações não desejadas no território europeu. O projeto contempla o estudo localizado a partir de grupos de imigrantes para estudar as questões relacionadas à invisibilidade de corpos, focalizando nos processos de adaptação e integração social, conflitos culturais, precarização da vida, racismo e xenofobia em Portugal. É através da possibilidade de envolvimento e integração do corpo do espectador com a instalação multimédia (espectador ativo) que se vislumbra o desenvolvimento desta pesquisa no campo das artes dentro de linhas críticas e poéticas, propondo a produção de pensamento e a desconstrução das dinâmicas herdadas do colonialismo.

Orientação
Orlando Vieira Francisco

 

Mais info