Eduardo Brito
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
bolseiro FCT // estudante de doutoramento
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
bolseiro FCT // estudante de doutoramento
Eduardo Brito trabalha em cinema, escrita e fotografia. É doutorando em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Tem o mestrado em Estudos Artísticos, Museológicos e Curadoriais pela FBAUP, com a dissertação Claro Obscuro – Em Torno das Representações do Museu no Cinema. Fez especialização em guionismo na Escuela Internacional de Cine y TV, em Cuba. Ensina regularmente, como assistente convidado, na FBAUP e na ESAD. Foi leitor no Institut für Architektur und Medien da TU Graz e assistente convidado na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa. No cinema, a que se tem dedicado principalmente, Eduardo Brito escreveu e realizou a longa-metragem A Sibila (2023), a partir do romance homónimo de Agustina Bessa-Luís. Realizou as curtas metragens Penúmbria (2016), Declive (2018), Ursula (2020), Lethes (2021) e La Ermita (2021). Escreveu o argumento das longas O Pior Homem de Londres (Rodrigo Areias, 2023), de várias curtas metragens, entre as quais O Facínora (Paulo Abreu, 2012), A Glória de Fazer Cinema em Portugal (Manuel Mozos, 2015), Catherine ou 1786 (Francisca Manuel, 2017) e O Homem Eterno (Luís Costa, 2017) e, com Rodrigo Areias, das longas metragens Hálito Azul (2018) e A Pedra Sonha Dar Flor (também com Pedro Bastos, 2024). Entre a fotografia e a escrita, os seus trabalhos exploram quase sempre os temas verdade-ficção-memória, bem como a relação texto-imagem: assim por exemplo com os livros As Orcadianas (2014) e East Ending (2017) e com as séries fotográficas Sem Sinal de Perigo (2021), 5 p.m. Hotel de la Gloria (com Rui Hermenegildo, 2015), Un Samedi Sur Terre (2017), Histórias Sem Regresso (2018) e Fala Comigo, Pedra (2023). Foi coordenador projecto de arquivo, curadoria e edição de espólios fotográficos Reimaginar Guimarães, desenvolvido na Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, no âmbito do qual foi curador de cinco exposições e editor dos cinco livros-catálogo correspondentes. Foi consultor da Casa da Memória de Guimarães e é programador de Cinema Expandido da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura.
Título da tese
Intermedialidades: Cinema, Fotografia e Literatura a partir de Bruges-la-Morte
Referência FCT
2024.02127.BD
Resumo
O romance “Bruges-La-Morte” (Rodenbach, 1892) integra, de modo pioneiro, a fotografia na narrativa literária. Esta relação intermedial entre imagem e palavra implica novas significações, com particulares afinidades com a montagem cinematográfica. A investigação explora esta relação e a intersecção entre cinema, literatura e fotografia através das ligações entre “Bruges-La-Morte” e um conjunto de obras cinematográficas, literárias e musicais, que derivam do referido livro, em particular a hipótese de ressonância deste nos filmes “Vertigo” (Hitchcock, 1958) e “La Jetée” (Marker, 1962). A adopção de uma practice-led research resultará na realização de um filme-ensaio e na elaboração de uma dissertação que revelará a genealogia do romance e o seu eco noutras criações, explorando os conceitos de apropriação, adaptação e remake. Desta forma, aprofundar-se-á a especulação teórica em torno das ideias de intermedialidade, montagem e significação, bem como, e através do filme-ensaio, se dará corpo a um significado sinérgico resultante deste processo.
Orientação
Susana Lourenço Marques
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