performance

PÁR-A-GEM #2

Ensaio artístico pousado numa pesquisa íntima sobre o tempo criando a desabituação da sua dimensão maquínica e negando-o para o compreender melhor. 

  • 2 Fevereiro 2024
  • 9:30 PM
  • Teatro Helena Sá e Costa

Numa reflexão ativa sobre o tempo, será sensato imaginá-lo como a atenção humana dirigida ao cuidado que dedicamos à nossa existência?

Ou, deverá ele ser aceite apenas enquanto medida humana especializada, e muito disseminada hoje, em calcular eficazmente o custo-benefício das nossas ações? Entre uma e outra, foi a primeira indagação que nos serviu de mote para iniciarmos um trabalho artístico coletivo dedicado ao tempo e à sua relação com o mundo e a vida. Sentimos que, com isso, poderíamos confirmar que somos seres históricos e que o tempo é um elemento fundador do vir-a-ser, sendo mesmo capaz de apagar o fim da história advindo da ressaca do pós-modernismo.

No entanto, sentimo-lo cada vez mais fora dos gonzos e a ser concebido apenas como uma previsão e não como a utopia desejante do nosso paraíso perdido.

Decidimos, por isso, refreá-lo, fundindo em camadas sucessivas, em estúdio e em lugares inusitados, sons e imagens que, quase não sabendo onde iniciaram o seu caminho, nos confirmam que existe, apesar das contradições existentes nas nossas vidas, um tempo indulgente e libertador, aqui mesmo, junto de nós.

 

Ação performativa
Duração aproximada: 50 m
Entrada gratuita até lotação da sala

Textos: Mário Azevedo
Filme: Fernando José Pereira
Voz: Bruno Pereira
Piano: Telmo Marques
Contrabaixo: António Augusto Aguiar
Sonante e feedback: Rui Penha
Som: Marco Conceição
Luz: Rui Damas

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Esta ação performativa inscreve-se no projeto Pár-a-gem – Da importância do Tempo nas práticas artísticas contemporâneas em tempos de compressão do tempo, desenvolvido no i2ADS – Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade. DOI 10.54499/UIDP/04395/2020