Antonio Silva
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Antonio Regis Carmo Silva é um artista e investigador com uma formação académica diversificada e internacional. Iniciou a sua trajetória académica com um diploma BTEC em Interior Design (2003) pelo Chelsea College of Art & Design, em Londres, Reino Unido. Posteriormente, obteve o título de Bacharel em Artes Plásticas (2015) com First Class Honours pelo Croydon University Centre (vinculado à University of Sussex), também no Reino Unido. Em busca de aprofundar conhecimentos, concluiu o Mestrado em Artes Plásticas (2019) na Universidade de Évora, em Portugal. Atualmente, é doutorando no programa de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), com bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), consolidando a sua trajetória académica e artística. O seu percurso reflete um sólido compromisso com o estudo e prática das artes, destacando-se pela sua formação abrangente e experiências em diferentes contextos culturais e institucionais.
Título da tese
Litografia in situ: uma jornada pela arqueologia tecnológica e o território nacional
Referência FCT
Ref.2022.11886.BD
Resumo
Com base numa metodologia inspirada na arqueologia tecnológica, esta investigação artística explora processos pioneiros de litografia, nomeadamente práticas obsoletas associadas à reprodução de imagens. O objetivo é promover o conhecimento sobre o património, a história e a geologia do país, analisando os potenciais resultados no território nacional. A estratégia assenta no desenvolvimento da litografia in situ – uma técnica anteriormente utilizada em contextos como campos de batalha e expedições, mas que recebeu pouca atenção. Enfatiza-se a relação entre o desenvolvimento tecnológico e as especificidades geológicas do país. A investigação organiza-se através de expedições a várias regiões, precedidas por estudos focados na reconstrução de prensas litográficas portáteis adaptadas ao uso contemporâneo. Cada viagem é documentada, capturando os resultados científicos dos experimentos realizados no local. Através da enunciação, readaptação e reconstrução de processos técnicos sistematizados, a investigação procura manifestar as relações simbióticas entre a tecnologia e a contemplação das diversas paisagens encontradas. No cerne desta exploração está o conhecimento arqueológico adquirido através do uso de pedras autóctones inerentes a cada local, transformando-as num espaço simbólico – física e culturalmente. Esta abordagem não só revitaliza a litografia como meio artístico, mas também revela as conexões diferenciadas entre paisagens, história, memória coletiva e identidade nacional.
Orientação
Graciela Machado (orientação) e Domingos Loureiro (co-orientação)
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