Sofia Santos
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Sofia Santos (1985) – artista, arte-educadora e investigadora, cuja prática se move através da intersecção de conceitos como corpo, memória, território e práticas de caminhada. Procura continuamente investigar em que medida estes conceitos são capazes de mediar uma relação sensível com o mundo, e trazer práticas artísticas e pedagógicas para um entendimento comum. Atualmente, é doutoranda em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (pdEA – FBAUP) e bolseira de investigação no Instituto de Investigação em Arte e Design (i2ADS), com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT 2022.11582.BD). Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura pela FBAUP (2007), incluindo uma bolsa Erasmus na Accademia di Belle Arti di Brera, em Milão, onde teve como professores Alberto Garutti, Michelangelo Pistoletto e Paola Pivi. Concluiu o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público (FBAUP) em 2009, com a tese “[VL6] A intervenção artística como forma de questionamento das experiências de habitabilidade em lugares comuns”. Em 2017, desenvolveu estudos em Cinema e Fotografia Documental na Escola Superior de Media Artes e Design, do Instituto Politécnico do Porto, realizando o projeto “uma linha na paisagem”, com o apoio do fotógrafo Ken Grant como importante referência. Com ampla experiência em departamentos educativos de instituições culturais como o Museu de Serralves, Centro Internacional de Arte José de Guimarães, Centro de Arte Oliva e Museu da Cidade (Porto), colabora desde 2016 com o coletivo BOA – Bombarda Oficinas de Arte. Destaca-se ainda o desenvolvimento de projetos educativos e formações, como “Derivas Entre” e “Respiração Conjunta” para o Museu da Cidade, e “O meu corpo é um livro” para o projeto Porto a Ler, em parceria com a Fundação de Serralves. A sua prática artística e pesquisa conceptual incluem produções como ESCALAS 1/1 (2011), Máquina Romântica (2012), flowers crack concrete (2014) e uma linha na paisagem (2017).
Título da tese
Caminhar, parar e (re)parar – corpo e experiência sensível na arte e na educação
Referência FCT
2022.11582.BD
Resumo
Caminhar, parar e (re)parar – corpo e experiência sensível na arte e na educação, identifica, uma proposta de investigação com trabalho de projeto que coloca o saber de experiência, estética, sensorial e sensível no centro das pesquisas práticas e teóricas. Esta proposta questiona o lugar e atuação do corpo nesse processo potencialmente transformador da consciência do acontecimento, da experiência (Larrosa, 2002), situando-se como herdeira de uma conceção de corpo como entidade relacional, matéria em transformação, bem como de propostas operativas como o andar como prática estética, de Careri (2007). Enquanto investigação performativa sempre guiada pela prática valoriza o potencial experimental do modo operativo proposto, pelos conceitos caminhar, parar e (re)parar. Numa lógica de laboratório, procura ainda investigar em que medida estes conceitos são capazes de mediar uma relação corpo – experiência sensível e fazem participar de um entendimento comum, práticas artísticas e pedagógicas.
Orientação
Gabriela V. Pinheiro
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