Beatriz Petrus
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
estudante de doutoramento // bolseira FCT
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
estudante de doutoramento // bolseira FCT
Bia Petrus é arquiteta, formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 1985. Mestre em Artes Visuais pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em 2015. Atualmente doutoranda do curso de Educação Artística da Faculdade das Belas Artes do Porto, Portugal. No seu percurso como arquiteta, fundou e dirigiu desde 2000, a Foco 153 Arquitetura e Gerenciamento Ltda, destacando-se no segmento de projetos e gerenciamento de obras. Iniciou seu percurso nas Artes Visuais como artista a partir de 1998. Em 2000 conquistou o Prêmio Brasil do Amanhã, no Museu da Pampulha (Belo Horizonte). Sua atuação nas áreas de curadoria e produção artística coincidiu com a criação do Atelier Coletivo 153, em 2002, no Rio de Janeiro, onde eventos de arte, encontros com artistas, palestras e workshops foram realizados. Em 2016 e 2017 lecionou no curso de Arquitetura da Universidade Católica de Petrópolis, enfatizando a importância do pensamento criativo e do conhecimento em artes na formação de arquitetos. Em 2017 fundou a Casa II I III (213) em Petrópolis, local de cursos, performances artísticas e oficinas multidisciplinares. Sua pesquisa acadêmica propõe uma reflexão sobre os lugares da arte e ações participativas em espaços públicos urbanos. Foi uma das fundadoras da Casa de Estudos Urbanos, um espaço para debates, compartilhamento de conhecimento e elaboração de projetos de arquitetura, urbanismo e arte, no bairro da Glória, Rio de Janeiro. Mentora e organizadora do curso [re]Agir que propôs intervir na cidade a partir das necessidades e desejo da população. Faz parte do coletivo Dia de Glória, que atua no campo da arte, mais especificamente das ações efêmeras que se propõem a coreografar sobre percursos urbanos. É professora convidada da Escola Sem Sitio que, entre outras coisas, investiga as demandas e lacunas do sistema da arte e do seu ensino. Criou o Grupo de Estudos Arte Socialmente Implicada que trabalha a relação arte-educação-vida e pensa a cidade como uma espaço educador. Orientadora da residência artística do Programa de Residência da Casa da Escada Colorida.
Título da tese
Em Fricção com o Real: Práticas artísticas no chão das ruas e as implicações com as lutas cotidianas
Referência FCT
2021.05565.BD
Resumo
O projeto analisará práticas artístico-educativas inscritas no território da cidade, nas tensões e desigualdades que esta comporta, em termos econômicos e de (in)visibilidade de corpos e formas de vida. Articula-se, em Portugal, com o fórum “Cultura | Cidade: um Direito!” (i2ADS/FBAUP) e, no Brasil, com o Laboratório Interdisciplinar em Natureza, Design & Arte (PUC/RJ) e Casa de Estudos Urbanos (RJ). Como forma de perceber, no presente, esta relação arte-rua e sua politização, faz-se um recorte temporal alargado que remonta aos anos sessenta, com Hélio Oiticica, no Brasil, e Elvira Leite, em Portugal, como pontos de arranque. Considera-se a história e sua “acontecimentalização” como parte das possibilidades do arquivo do presente. As ações serão analisadas a partir da tríade arte-educação-vida e de um enquadramento teórico gramsciano, a perguntar: o que ocorre quando a arte entra em fricção com o real, ao nível da transformação dos participantes e do seu entorno?
Orientação
Rita Rainho (orientação) e Tiago Assis (co-orientação)
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