Maria Regina Ramos
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
investigadora colaboradora
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
investigadora colaboradora
Maria Regina Ramos (1992) nasceu em Vila Nova de Cerveira e é mestre em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), com o projeto “O Olhar Aproximado: Fragmentos de uma paisagem selecionada – o jardim” (2019), prova pública na qual obteve a classificação máxima de 20 valores. Enquanto investigadora não-doutorada, recentemente integrada no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS) e na Vicarte – Vidro e Cerâmica para as Artes, tem desenvolvido trabalho de investigação teórico-prático, bem como, contribuído e colaborado em várias publicações e eventos de investigação, com principal enfoque no contexto das Artes Plásticas. Para além da participação em congressos e eventos científicos, profundamente ligados com a investigação em Arte, tem desenvolvido, como artista, produção regular desde 2015, participando num largo número de eventos, concursos e exposições de âmbito nacional e internacional. Ao nível do pensamento e da prática artística, o seu interesse tem-se centrado em torno da fragmentação do real, a fim de questionar, a partir de conceitos como “desterritorialização” e “reterritorialização”, os limites percetivos da noção de “território”, interligando uma experimentação fenomenológica, cinestésica e vivencial de um “micro” e “macro-cosmos” de natureza arqueológica, a uma resignificação mais convencional da noção de “paisagem”. Atualmente, encontra-se a frequentar o Programa Doutoral de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, ao abrigo de uma Bolsa de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Título da tese
A prática artística como lugar diacrónico: Da artificialização da natureza à naturalização do artifício
Referência FCT
2020.05498.BD
Resumo
O Trabalho de Projeto, a realizar no âmbito do Doutoramento em Artes Plásticas, pretende compreender as relações entre as terminologias “artificialização da natureza” e “naturalização do artifício”, e a sua relevância para o território da Arte Atual. Partindo destas ideias, pretende identificar, elencar e compreender definições e produções onde a ação artística aparece, em termos fenomenológicos, como uma componente central de mediação, recriação e renovação do binómio natureza/artifício. Pretende, ainda, desenvolver um laboratório experimental e uma prática autoral que evidencie como é que questões de interação e interseção entre natural e artificial podem ser hoje aplicadas a processos criativos de carácter artístico. Para tal, procura aferir possíveis implicações políticas, ecológicas e ambientais, e contribuir de forma inovadora para incursões que compatibilizam dimensões de âmbito estético com dimensões cognitivas, operacionais e de intervenção no território de aparente ambiguidade e eventual interdependência entre “natureza” e “artifício”, entre “natureza” e “cultura”.
Orientação
Domingos Loureiro (orientação) e Teresa Almeida (co-orientação)
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